31 outubro 2012

Jil Sander

Heidemarie Jiline 'Jil' Sander (1943 - )

Estilista alemã.

Após estudar design têxtil parte na Alemanha e parte nos Estados Unidos,  começou trabalhando para uma revista de moda de seu país.

1987







Em 1967 abriu uma loja, vendendo roupas de Thierry Mugler e de Sonia Rykiel além de algumas de suas próprias criações.  Em 1968, iniciou a linha com seu nome.


1988


1990 - Linda Evangelista
Apesar do fracasso de seu primeiro desfile em Paris, em 1975, o sucesso veio nos anos 90, com coleções cujas peças eram intercambiáveis, permitindo inúmeras combinações diferentes, época em que seu estilo minimalista, junto com Calvin Klein e Armani, predominou.
Foi chamada de a "Armani alemã".

1992 - Naomi Campbel










1997







Ela privilegia o corte depurado e o uso de cores básicas como cinza, preto, branco, azul e bege, marcando o mundo da moda com o uso de sobreposições, em camadas de roupas, conhecido como Zwiebel Look ou look cebola.


1999






Em 1999 vendeu 75% da marca para o grupo Prada. Deixou a empresa em 2000, voltou em 2003, saiu novamente em 2005 quando foi substituída por Raf Simons.





+J 2009 - Isabeli Fontana









Enquanto esteve afastada, fez uma parceria com a empresa Uniqlo e criou a marca +J .







+J

Finalmente, este ano (2012), após a Prada ter vendido sua parte para uma empresa japonesa, voltou novamente ao posto de estilista da marca que leva seu nome, lançando a coleção de primavera de 2013.

29 outubro 2012

Seda Brasileira

Recentemente soube que o Brasil fabricava Seda.
E, agora, me veio a informação de que é a melhor seda do mundo!
A famosíssima griffe Hermès, produtora de lenços de seda ultra caros, prefere pagar mais caro pela seda brasileira do que utilizar outras.

Mas, mesmo assim, o fabricante (BRATAC) está em dificuldades.

Minha cara Presidenta, em lugar de dar isenção de IPI para fábricas de automóveis multinacionais e entupir as ruas de nossas grandes cidades de forma que o trânsito quase não anda, não seria melhor apoiar esse tipo de iniciativa, em que já temos o diferencial de qualidade?

Agora, é preciso descobrir se há tecelagens nacionais que usam este fio...

26 outubro 2012

Costura, montagem e acabamento de roupas

Couture, montage et finition des vêtements (vol. 4)
Teresa Gilewska (2009)
Eyrolles (182 pág.)

 Este livro é o quarto volume de uma coleção sobre costura,da mesma autora:  Le modelisme de mode.

Os dois primeiros são sobre moldes, o terceiro sobre moulage/drapping e esse quarto sobre como juntar as peças obtidas pelos livros anteriores, a costura propriamente dita.

Eu comecei a leitura por esse, e o livro é ótimo, dá vontade de comprar todos.

Não é tão abrangente quanto o também ótimo Professional Sewing Techniques for Designer's, mas é muito mais objetivo, as explicações são claras e acompanhadas de desenhos e fotos.

Veja estas fotos do capítulo sobre mangas.

O americano, como já disse, fala sobre tudo, ou quase tudo, relacionado à costura (no padrão do prêt-à-porter), mas é prolixo. Tem um blá-blá-blá que poderia ser dispensável e que faz o livro ficar enorme (e caro).

Esse, francês,  fica nos pontos principais, mas é super objetivo e prático. (Bem, isso se a gente considerar um corpete com barbatanas um ponto básico...)

A autora é super didática. Amei!


Na dúvida entre um e outro, compre os dois. Valem cada centavo.

A pena é que nenhum deles foi ainda editado em português.

[terminei em 23/06/2012]

23 outubro 2012

Rendas - Vera Wang

Modelo de Vera Wang - Primavera 2013

Gosto muito de rendas. Quem não? 
Só acho que o bordado pesado nos quadris ficou um pouco exagerado. 
Preferia sem.
Mas o decote nadador com a gola Mao deixou o modelo bem moderno, o que fez um contraste interessante com a renda.

20 outubro 2012

Madeleine Chéruit

Mme Chéruit em gravura de
Paul-César Helleu
Madeleine Chéruit ( 18?? - 1935)

Estilista francesa.

Não há muitas informações sobre sua vida mas, aparentemente, teria começado a trabalhar, a partir de 1880,  na maison de Ernest Raudnitz.

Ao que tudo indica, com seu talento, aumentou sua importância no negócio,  porque, em torno de 1900, as etiquetas desta maison indicavam também os nomes de Chéruit e de sua irmã, Hue, que, alguns anos depois, em 1906, assumiram o controle da maison por inteiro, com 100 funcionários, estabelecida na Place Vendôme, nº 21, em Paris.




Nesse mesmo endereço, mais tarde, após a morte de Madeleine Chéruit, a estilista Elsa Schiaparelli instalou sua maison.










Mme Chéruit foi mencionada por Proust no livro "Em busca do tempo perdido" como sendo uma das quatro grandes, junto com Doucet, Callot e Paquin.

1918
"D’ailleurs, il y a peu de couturiers, un ou deux, Callot, quoique donnant un peu trop dans la dentelle, Doucet, Cheruit, quelquefois Paquin. Le reste sont des horreurs. — Mais alors, il y a une différence immense entre une toilette de Callot et celle d’un couturier quelconque ? demandai-je à Albertine. — Mais énorme, mon petit bonhomme, me répondit-elle. Oh ! pardon. Seulement, hélas ! ce qui coûte trois cents francs ailleurs coûte deux mille francs chez eux."



O luxuoso salão de vendas da Maison Chéruit no
número 21 da Place Vendôme, em Paris - 1910
(Além disso, há poucos costureiros, um ou dois, Callot, apesar de usar um pouco demais de renda, Doucet, Chéruit, às vezes Paquin. O resto é um horror (...) o que custa trezentos francos em outro lugar, custa dois mil francos neles.)


Seu estilo era muito refinado e as roupas eram fabricadas com materiais de grande luxo, motivo porque seus preços eram altos, como indica Proust e, conseqüentemente, suas clientes eram das mais altas classes.

Nas imagens a seguir, algumas das salas de atendimento da maison:
1910 - Maison Chéruit


Também é citada no livro de memórias do estilista Paul Poiret, que afirmou ter sido ela a primeira pessoa a acreditar em seu trabalho, comprando desenhos seus em 1898:

"Um dia, encorajado por um amigo audacioso, levei uns desenhos para Mme Chéruit, que fazia parte da maison Raudnitz Soeurs. Foi um sucesso; Mme Chéruit quis imediatamente me conhecer, me fez chamar no corredor escuro onde eu esperava sua opinião, e me fez entrar em seu gabinete. Eu jamais tinha visto algo tão perturbador como aquela bela mulher no meio de tantas elegâncias. 
 
Ela era exatamente como a desenhou o buril do gravador Helleu, moldada em um vestido azul, com uma gola muito alta que tomava a forma de seu queixo e  se alongava até as orelhas. Deste invólucro saía um pequeno babado branco, que emoldurava seu rosto. O fechamento de seu vestido era invisível. Seus cabelos enrolados atrás de sua cabeça formavam sobre sua fronte uma onda tão sabiamente espalhada que todos os azuis de seu olhar ficavam assombreados. 

Atriz Jeanne Eagels - 1921, usando uma capa de tecido dourado
sobre um vestido em tule com babado
de Madeleine Chéruit
Eu não creio que Mme Chéruit tenha jamais sabido a impressão cativante que ela exerceu sobre aquele jovem fracote que lhe propunha seus trabalhos, provavelmente indignos dela, mas ela não fez caso, e comprou meus pequenos croquis, pagando 20 francos por cada, me encorajando a voltar. Havia ali uma dúzia.  Foi como ganhar uma loteria (...)"  "En Habillant l'Époque" pag. 22

Em 1912, Chéruit assinou um contrato para produzir, com Lucien Vogel, a revista "La Gazette du Bon Ton", onde publicaria seus desenhos. Seis outras grandes maisons se juntaram ao projeto: Georges Doeuillet, Jacques Doucet, Jeanne Paquin, Paul Poiret, Redfern & Sons e Worth.



Os novos conjuntos para caminhar e os vestidos para tarde se tornaram peças básicas em 1914, e a casa permaneceu aberta durante a Primeira Guerra, embora tenha sido adquirida pelas senhoras Wormser e Boulanger.





Vogue - 1928




Chéruit se aposentou em 1923 e morreu em 1935.











18 outubro 2012

Detalhe com tachas

Vi essa foto no site Money Gloss e gostei muito da idéia para o verão. 

Com o calorão do Rio de Janeiro, é difícil ficar bem vestida...  A gente toma banho, coloca a roupa e já está pingando!

Mas esse é um vestido fresco que não deixa de ser sofisticado, com as aplicações em metal.
A loja é By Champagne, em São Paulo.  

Pena que não tinha imagem da parte da frente.

15 outubro 2012

Cor no design

Colour in Design - Pocket Essentials
Tom Fraser e Adam Banks (2010)
Ilex (250 pág.)

Um dos fatores essenciais para o sucesso de uma roupa é a escolha de suas cores.

Acho que já comentei aqui antes que os pesquisadores dizem que a impressão mais forte que uma roupa exerce sobre quem a vê está relacionada com as cores usadas.

Depois, muito depois, é que a pessoa consegue reparar nos detalhes.

Por isso, entendo ser importante, para quem se interessa em moda, estudar um pouco sobre as cores, e foi o que fiz.

No início do ano, li um livro sobre cores que foi uma decepção só.

Fiz uma segunda tentativa com esse e adorei.

O objetivo, como diz o título, é de mostrar o essencial sobre cores.
Ou seja, embora cubram todos os principais aspectos das teorias sobre as cores, de sua aplicação nas artes, propaganda, design em geral, os textos são muito objetivos e, até, didáticos.

O livro se propõe a introduzir o leitor no assunto. E consegue.

A leitura me foi um pouco penosa, mas exclusivamente pelo fato de estar em inglês.

 A edição é  muito bem cuidada, com papel de ótima qualidade e ilustrações por todos os lados.
Ultra recomendado.

Curiosidade:  Não escrevi errado o nome do livro.  Colour, com "u" é a forma inglesa da palavra.

[terminei em 22/06/2012]

12 outubro 2012

10 outubro 2012

Carlos Miele - Primavera de 2013

Fuxicos sobre a estampa de ondas em preto e branco.

Uma lindeza!

Só o Carlos Miele mesmo.



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